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Cantar no chuveiro faz bem? A ciência comprova que sim

Pesquisa comprova que soltar a voz, mesmo sem talento, traz benefícios incríveis para a mente

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 13 de junho de 2025 às 17:30

Cantar no chuveiro traz mais benefícios do que você imagina
Cantar no chuveiro traz mais benefícios do que você imagina Crédito: Freepik

Já soltou o gogó no chuveiro ou no carro e sentiu um alívio imediato? Você não está sozinho — e a ciência explica por que cantar, mesmo sem afinação, é um remédio poderoso para o cérebro.

Pesquisas mostram que a música ativa regiões cerebrais ligadas ao prazer, reduzindo estresse e ansiedade. E o melhor: não é preciso ser um artista para colher esses benefícios.

Um estudo publicado na revista Nature revela que a música acalma a mente, mesmo quando cantada por amadores. Daniel Levitin, neurocientista e professor da McGill University, compara: "Ninguém deixa de correr só porque não é atleta".

Música: terapia para a alma

A pesquisa revela que a música tem o poder de acalmar a mente de forma significativa. Além disso, ouvir canções favoritas tem efeitos impressionantes para o bem-estar individual. Alguns benefícios claros incluem a redução do estresse diário, uma melhora notável em lidar com sentimentos negativos e o despertar de emoções positivas.

Assim, a música pode afastar problemas como ansiedade e depressão com eficácia. Ela é fundamental para a liberação de dopamina, o hormônio responsável pelo sistema de recompensa do cérebro, conforme explica Daniel Bowling, professor de psiquiatria. "Ela pode nos comover emocional e fisicamente", afirma o especialista.

Cantar é mais poderoso que só ouvir

Os efeitos positivos da música são ainda melhores quando a canção vem do próprio paciente, ou seja, de você. Cantar, tocar um instrumento ou simplesmente batucar te deixam mais feliz do que apenas ouvir uma música legal e ivamente.

Segundo Bowling, participar ativamente da música gera uma sensação de controle muito benéfica. "Você ganha alguma autonomia, assume a responsabilidade pelo que está acontecendo e pode controlar isso", detalha o professor.

Não apenas instrumentos musicais servem para essa função essencial. Cantar, mesmo que desafinado, batucar em uma parede e até assobiar já dão essa sensação de autonomia e responsabilidade cerebral, protegendo a saúde da sua mente.

Todas essas ações contribuem para proteger a saúde do cérebro, especialmente com o avançar da idade. As habilidades musicais aumentam a reserva cognitiva e melhoram a resiliência cerebral durante o envelhecimento natural.

A força da música em grupo

Fazer música em grupo potencializa ainda mais os benefícios para o cérebro, criando uma experiência compartilhada. Você não precisa participar de uma banda ou coral para sentir esses efeitos; cantar em um karaokê já é suficiente.

Pesquisas mostram que comportamentos humanos se sincronizam com a batida e com as outras pessoas quando a música é tocada em conjunto. Algo simples como bater palmas no mesmo ritmo faz com que as pessoas se aproximem de fato.

A música em conjunto também sincroniza os cérebros, mais do que apenas ouvir ivamente. Estudos de imagem revelaram que a atividade neural se torna mais similar nos cérebros de pessoas envolvidas com a mesma música, fortalecendo laços.

Cantar em grupo, por exemplo, pode diminuir o cortisol, um hormônio do estresse, e aumentar a ocitocina. Esta é um neuropeptídeo e hormônio importante para a formação de laços sociais, promovendo um bem-estar coletivo. Daniel Levitin afirma que essa é “a melhor maneira possível de dissolver o ego, ajudando você a se sentir mais conectado às pessoas ao seu redor e mais parte de algo maior”, uma união profunda.

Como começar a usar a música

Os estudiosos explicam que cantar é inerente à história do ser humano. Pela maior parte do tempo, não havia gravações e as pessoas se reuniam para fazer música. Por isso, eles afirmam que nunca é tarde para começar nesta jornada. Comece aos poucos, sem pressão: até mesmo ouvir música pode ser benéfico e é o nível mais baixo para uma experiência musical inicial.

Depois, você pode acompanhar suas favoritas e, se quiser, cantar ou tocar junto. Considere fazer música com outras pessoas, pois "A humanidade sempre cantou junta", disse Levitin. Ele completou: "Cantar era algo que todos faziam naturalmente, e ninguém dizia: 'Você não é bom o suficiente'".

Se não se sentir confortável fazendo isso com outras pessoas por perto, também pode começar na privacidade do seu chuveiro ou do seu carro, um espaço seguro. Concentre-se no engajamento, não na maestria técnica. Essa mudança de mentalidade pode ajudar a lidar com sentimentos de insegurança, facilitando sua conexão com a música. Assim, você aproveita os benefícios sem a pressão de ser um especialista musical.