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Portal Edicase
Publicado em 11 de junho de 2025 às 07:09
Com a aproximação do inverno, as temperaturas começam a cair e os ambientes tornam-se mais frios. Essas mudanças, que afetam diretamente o dia a dia das pessoas, também impactam a saúde e o comportamento de cães e gatos. Apesar de muitos pets terem pelos, nem todos possuem a proteção necessária para lidar com o frio intenso. >
Filhotes, idosos, animais de raças pequenas ou com pelos curtos e aqueles com doenças pré-existentes são especialmente sensíveis às baixas temperaturas. Além disso, o inverno pode influenciar diretamente o apetite, o humor, a pele e o sistema imunológico dos pets . Por isso, é essencial adotar medidas preventivas para garantir o bem-estar dos bichinhos durante essa estação. >
A seguir, entenda como o frio pode afetar a saúde de cães e gatose o que fazer para evitar complicações! >
Segundo a veterinária Cinthya Ugliara, as doenças respiratórias estão entre as mais comuns neste período do ano, tanto as alérgicas quanto as infecciosas, causadas por vírus ou bactérias. A exemplo, estão a rinotraqueíte felina (gripe felina) e a traqueobronquite infecciosa canina ( gripe canina ). >
“No geral, essas doenças podem causar sintomas como tosse, espirros, secreção nasal e falta de ar. Para tratá-las, é necessário [ter] um diagnóstico adequado e acompanhamento com o médico-veterinário. Mas o mais importante é fazer a prevenção com visitas ao médico-veterinário a cada 6 meses e manter sempre a carteirinha de vacina do pet atualizada”, recomenda. >
O frio provoca a contração muscular e o enrijecimento das articulações, o que acentua dores em animais com histórico de artrose, displasia ou outras doenças osteoarticulares. Esses efeitos são ainda mais intensos em pets idosos , que naturalmente já têm limitações físicas. >
Quando isso acontece, é possível perceber dificuldade ao levantar, andar devagar, relutar em subir degraus e ficar mais quieto. Oferecer camas ortopédicas, manter o local aquecido e, em alguns casos, utilizar anti-inflamatórios prescritos por um veterinário são medidas indicadas. >
A hipotermia acontece quando o corpo do animal perde mais calor do que consegue produzir, fazendo a temperatura corporal cair drasticamente. É uma condição grave, mais comum em filhotes, idosos, raças pequenas e de pelos curtos. Tremores, rigidez muscular, fraqueza, confusão e, em casos extremos, coma, podem ocorrer. >
Para evitar, é importante manter o pet aquecido, com roupas específicas, cobertores e camas protegidas. Durante os eios, prefira horários mais quentes e evite locais com vento ou umidade. >
No inverno, a pele de cães e gatos tende a ficar mais ressecada devido ao ar seco, banhos quentes e menor exposição ao sol. Isso compromete a barreira natural de proteção da pele, provocando coceiras, descamações e até infecções fúngicas ou bacterianas. Para prevenir, o ideal é reduzir a frequência dos banhos, usar produtos hidratantes específicos para pets e manter a hidratação interna com uma dieta equilibrada. >
No frio, o metabolismo dos animais tende a acelerar para manter o corpo aquecido, o que pode gerar mais fome. Ao mesmo tempo, a redução de atividades físicas contribui para o ganho de peso. Esse excesso, no entanto, impacta diretamente a saúde, podendo causar problemas cardíacos, articulares e até diabetes. >
Para evitar isso, é essencial manter uma rotina de exercícios, mesmo que em ambientes fechados, controlar a quantidade de ração oferecida e, se necessário, buscar orientação veterinária para uma dieta adequada ao inverno. >
O clima frio pode impactar o humor e o comportamento dos pets . Cães e gatos ficam mais introspectivos, dormem mais e se movimentam menos. Alguns demonstram sinais de desconforto ou até irritabilidade. Essas mudanças são respostas ao frio, mas também podem indicar dor ou doenças. >
Nesse período, é recomendado oferecer conforto térmico, estimular interações por meio de brinquedos e observar qualquer comportamento fora do padrão. Caso as alterações persistam, é indicado consultar um médico-veterinário. >
O frio favorece a queda da imunidade, tornando cães e gatos mais vulneráveis a infecções. A redução da exposição ao sol, responsável pela síntese de vitamina D, e o estresse causado pelo desconforto térmico contribuem para esse quadro. Animais com imunidade baixa adoecem com mais facilidade e demoram mais a se recuperar. >
Para fortalecer as defesas do organismo, é fundamental manter a vacinação em dia . Segundo Cinthya Ugliara, a vacina anual contra a gripe previne contra a traqueobronquite infecciosa canina, condição que causa tosse intensa e muito desconforto ao pet . >
“Embora a vacina não traga 100% de proteção contra a doença, ainda assim seu uso é indicado, pois diminui consideravelmente os sintomas apresentados. A vacina múltipla dos cães também protege contra a influenza, e a vacina múltipla dos gatos protege contra a rinotraqueíte felina que, além da queda de imunidade, causa muitos espirros e corrimento nasal purulento”, explica a veterinária. >
Durante o inverno, muitos animais reduzem o consumo de água, o que pode causar infecções urinárias, cistite e formação de cristais ou cálculos renais. Gatos, por natureza, já tendem a beber pouca água, sendo ainda mais afetados nesta época. >
Os sintomas incluem urinar fora do lugar, esforço ao urinar e presença de sangue no xixi . Por isso, é importante incentivá-los a ingerir mais água. “Uma forma fácil e divertida de fazer isso é oferecer alimentos úmidos, como os que vêm em saches ou latas. Para os gatos, é de extrema importância oferecer a água em potes largos ou fontes elétricas, que ajudam a manter a água circulante, e eles adoram”, sugere Cinthya Ugliara. >